Informação básica da planta
NOMENCLATURANome cientifico: Mimosa caesalpiniifolia Benth. É considerada nativa do Nordeste, correndo em áreas da caatinga do Piauí, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Ceará. Árvore de 4-8 metros de altura. Caule com diâmetro entre 20-30 cm, de aspecto ramificado. Planta bastante esgalhada e dotada de acúleos que podem estar ausentes em alguns exemplares. Folhas compostas, bipinadas, em geral com seis pinas opostas, cada uma com 4-8 folíolos, com cerca de 8cm de comprimento. Flores brancas, pequenas, axilares, reunidas em espigas cilíndricas de 5-10cm de comprimento e, às vezes ordenadas em panículas terminais. A floração ocorre de outubro a março. Os frutos são legumes articulados, planos, medindo de 7-10cm de comprimento e de 10-13mm de espessura. As sementes são lisas e duras, medindo 5-8mm de diâmetro e apresentam dormência tegumentar. Um quilo de sementes encerra aproximadamente 11.800 unidades, enquanto que no volume de um litro tem-se cerca de 10.000. Reprodução sexuada e assexuada por meio de estacas, rebrota de tocos e raízes (Rizzini & Mors 1976; Tigre 1968; Mendes 1989; Drumond et al. 1984; Maia 2004). A madeira possui alto peso específico básico (0,86 g/cm3), alto poder calorífico, rendimento gravimétrico de carbonização a 420±200C de 41,1%, com 73% de carbono fixo e teor de cinzas de 1,8% (Mendes 1989; Drumond et al. 1984). A espécie é explorada para produção de estacas, mourões, dormentes, lenha e carvão. As estacas são as mais usadas em cercas no Ceará e possuem uma vida útil acima de 20 anos, mesmo não recebendo nenhum tipo de tratamento e em condições desfavoráveis. Em algumas regiões chegam a produzir cerca de 5.000 estacas/ha ao final de 5 anos de idade. Na medicina caseira é usada contra males estomacais das vias respiratórias e como cicatrizante. Na restauração florestal é utilizada para o reflorestamento de áreas degradadas. Em sistemas agroflorestais pode ser usada na composição de faixas arbóreas deixadas entre plantações e como cerca viva. Representa importante fonte de pólen e néctar para abelhas, vespas e mariposas. É considerada uma forrageira de alto valor protéico, servindo de alimento para muitas espécies de animais (Drumond et al. 1984; Carvalho et al. 1990; Sampaio 2002; Pereira et al. 2003; Maia 2004).
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