JUAZEIRO (Ziziphus joazeiro Mart ) |
Informação básica da planta
1 - NOMENCLATURA Nomecientífico: Ziziphus joazeiro Mart.
Sinônimo: Ziziphus guaranitica Malme
Família: Rhamnaceae
Nomes populares: joá, joazeiro, juá, juazeiro, juá-espinho, laranjeira-de-vaqueiro
2 - OCORRÊNCIA
Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil, região Nordeste até o norte de Minas Gerais, na caatinga.
3 - DESCRIÇÃO
Arvore 4-12m, ereta, muito ramificada; copa globosa, quase encostando no solo. Caule reto, com espinhos pubescentes passando a glabros, cinza-escuro a levemente castanho. Ramos flexuosos, pubescentes ou não. Folhas 3-10 x 2-6cm, simples, alternas, pecioladas, elípticas, coriáceas, glabras, pubescentes nas nervuras, serreadas na base, com 3-5 nervuras, inferiormente pubescentes. Estípulas lanceoladas, pubescentes, 0,3-0,6 x 1,2-1,8 cm. Inflorescência cimosa, axilar, pubescente a glabrescente. Flores monoclamídeas, amarelo-esverdeadas, 4-6 cm comprimento, com disco nectarífero delgado, ovário glabro. Pólen em mônades, isopolares, (sub) triangulares em vista polar, angulaperturados, 3-colporados, ectoabertura longa e estreita, endoabertura circular, com costa, exina escabrada-psilada. Frutos 2,5cm, drupas, globosas, amarelo-castanhas, lenticelados. Semente 1-1,5cm, revestida por arilo viscoso, mucilaginoso, doce, branco.
Floração: setembro a dezembro.
Recurso floral: néctar.
4 - USOS
A casca ou entrecasca do caule é indicada no tratamento das tosses e bronquites, como expectorante e nas dermatoses (Agra 1982, Agra et al. 1996, Agra 1996, Matos 2000). Ainda é referido como dentrifício, tônico e digestivo (Emperaire 1983, Agra 1996, Matos 2000). Também é utilizado para clarear os dentes, como tônico capilar, nas caspas e seborréias (Agra 1982, Emperaire 1983, Agra & Silva 1993, Agra et al. 1996, Agra 1996). As raízes e os ramos são empregados contra gripes (Emperaire 1983), enquanto as folhas são usadas contra dispésias (Faria et al. 2002).
Farmacologia: Os estudos farmacológicos comprovaram as atividades anti-malária, moluscicida e antipirética (Barbosa & Mello 1969, Pinheiro Sousa & Rouquayrol 1974, Carvalho et al. 1991, Nunes et al. 1987), estimulante em útero de rata (Barros et al. 1970), hipotensora (Trigeiro et al. 1981), anti-tumoral (Moraes et al. 1997) e anti-HIV (Pinzaru et al. 2002).
Fitoquímica: Alcalóides: amfibina D (Tschesche et al. 1981). Terpenóides: Ácido alfitaólico, ácido betulínico, ácido betulínico-27-(4-hidroxi-3’-metoxi-benzoil-oxi), ácido betulínico-7-beta-(4-hidroxi-3’-metoxi-benzoiloxi), ácido betulínico-7-beta-(4-hidroxi-benzoil), ácido oleanólico, ácido ursólico, ebelina lactona, joazeirosideo A, joazeirosideo B, jujubogenina, jujubogenina-3-O-alfa-l-arabinofuranosil-(1,2)-(beta-D-glucopiranosil-(1,3)-alfa-l-arabinopiranosideo, jujubogenina-3-O-alfa-l-arabinofurnosil-(1,2)-(beta-D-glucopiranosil-(1,3))-alfa-l-arabinopiranosideo, 3’’,4’’’-di-O-sulfato, jujubogenina-3-O-alfa-l-arabinofuranosil-(1,2)-(beta-D-glucopiranosil-(1,3)-alfa-l-arabinopiranosideo, 4’’’-O- sulfato, jujubosideo e lotosideo A (Trigueiro et al. 1981, Higuchi et al. 1984, Barbosa et al. 1985, Soares et al. 1998, Schuhly et al. 1999, 2000, Sette et al. 2004).
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