BABAÇU ( Orbignya phalerata) |
Informação básica da planta
1 - NOMECLATURA
Nomecientífico: Orbignya phalerata Mart.
Sinônimo: Attalea glassmanii Zona
Familia: Arecaceae
Nome Popular:
Babaçu, coco-de-macaco.
2 - OCORRÊNCIA
América do Sul. Bolívia e Brasil (Maranhão e Piauí).
3 - DESCRIÇÃO
Árvore ereta, 10-20 m de altura, 4050 cm de diâmetro, geralmente com as bases das folhas persistentes abaixo da corona, raramente acaulescentes, cicatrizes inconspícuas. Folhas 12-20, planas, penipartidas, 10-20 m de comprimento e 1,5-3 m de largura, recurvadas apicalmente; folíolos, linear-lanceoladas, 1-2 x 1-3. Inflorescências solitárias, interfoliares, pêndula, ramificadas, bracteadas. Flores diclinas, bracteoladas, pareadas ou solitárias. Frutos drupáceos, ovóides a oblongos, 8-10 x 4-5 cm de diâmetro, epicarpo densamente ferrugíneo-escamoso, mesocarpo fibroso, seco, endocarpo muito duro. Sementes 3, oblongas, 5-8 cm de comprimento e 1,5-2 cm de diâmetro.
4 - USOS
De maneira geral, praticamente todas as palmeiras em especial o dendê, o buriti e o babaçu - concentram altos teores de matérias graxas, ou seja, gorduras de aplicação alimentícia ou industrial. Assim, o principal destinatário das amêndoas do babaçu são indústrias de esmagamento, produtoras de óleo cru. Constituindo cerca de 65% do peso da amêndoa, esse óleo é subproduto para a fabricação de sabão, glicerina e óleo comestível, mais tarde transformado em margarina, e de uma torta utilizada na produção de ração animal e de óleo comestível.
O mesocarpo do fruto é indicado contra dores abdominais, constipação, obesidade, leucemia, reumatismo, ulcerações, tumores, inflamações de útero e ovários, artrites, cólicas menstruais (Silva & Parente 2001, Caetano et al. 2002).
Farmacologia: Os estudos farmacológicos comprovaram as seguintes atividades desta espécie: antiinflamatória (Maia & Rao 1989, Silva & Parente 2001); ativadora de macrófagos in vitro e in vivo (Nascimento et al. 2005); contra o hipertireoidismo (Gaitan et al. 1994); analgésica (Maia & Rao 1989); imunomoduladora (Silva & Parente 2001).
Fitoquímica: Terpenos: metil-éter-triterpeno (García et al. 1995). Polissacarídeos (Silva & Parente 2001). Além da presença de carboidratos e minerais (Gaitan et al. 1994), foram identificados taninos, açucares, saponinas e compostos esteroidais (Bandeira et al. 1986).
Amostras Representativas: Maranhão: W. L. Balée 3376 (NY); M. J. Balick et al. 3732 (NY).
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